terça-feira, 15 de janeiro de 2013

"Ao escrever este livro posso finalmente dizer: Sou livre."

E aí, galinhas pintadinhas! (?)

Bom, acabei de ler uma obra-de-arte-enviada-pelos-anjos-com-mãos-de-ouro-e-unhas-de-diamante que me fez parar de reclamar de algumas coisas. Algumas. Só algumas mesmo.
Dia 2 de março de 1998, indo à escola, a austríaca Natascha Kampusch, com 10 anos de idade, é vítima de um sequestro. Wolfang Priklopil avista a menina e, num piscar de olhos, a coloca em sua caminhonete. Natascha relata os 8 anos que passou em cativeiro, onde foi submetida a diversas agressões - tanto física quanto psicológica - e teve de buscar forças para não se deixar ser submissa à escravidão que Wolfgang impunha a ela.

Comentário particular da blogueira que deixou de comer um x-bacon pra escrever isto aqui primeiro: o livro inteiro é triste, mas o final é feliz - não, não é spoiler, já que se trata de uma história real que apareceu por muito tempo na mídia, ok - e me fez pensar em quantas "Nataschas" há no mundo. Mulheres que foram sequestradas ainda crianças e que a família não tem nenhuma notícia, mas que podem estar vivas e passando pelo mesmo que a personagem de 3096 dias passou. Me faz pensar também em quantos "Wolfgangs" existem e no descaso das autoridades em relação a eles. Enfim, é uma leitura que eu recomendo a todos que querem se emocionar e cultivar esperanças de que há, sim, gente forte no mundo.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Ei! Tem alguém aí?

Haha, olá! Inicialmente, o nome do meu blog se dá pela minha mania: jogar as palavras. Sou uma grande fã das palavras e do poder que podemos dar a elas, principalmente ao publicar um livro - que pode ser O livro ou pode ser um lixo.

O título desta postagem é "Ei! Tem alguém aí?", que faz referência à obra de mesmo nome do autor Jostein Gaarder, aquele norueguês que toda mãe pediu pra ser sogra <3 Jostein (Jojo, para os íntimos, tsc) é autor do famoso O Mundo de Sofia (mais corações pfvr) e de uma obra que, particularmente, é uma das minhas preferidas: A Garota das Laranjas.

Tendo o título original Appelsinpiken (appeliozmaolaeaoasjiohepilepsianoteclado), A Garota das Laranjas ~the girl of the oranges~ fala de Georg, 15 anos, que mal pôde conhecer o pai, pois o mesmo morreu quando Georg só tinha 4 anos. BUT uma longa carta de despedida, escrita pelo pai poucos dias antes de sua morte, faz o adolescente criar uma comunicação entre o presente e o passado. Na carta, que passou 11 anos escondida no forro do velho carrinho de bebê que pertencera ao rapaz, o pai se dirige a um Georg adolescente, imaginando que agora o menino possa entender a história que o pai tanto gostaria de contar ao filho. O garoto, ao ler as palavras do pai, descobre afinidades secretas que tinha com ele: uma certa curiosidade filosófica, o interesse pelas fotos tiradas pelo telescópio Hubble e o olhar atento para o Universo. Em meio a relatos e perguntas, Jan Olav - o pai - relata a história real de uma misteriosa garota que surge pelas ruas de Oslo carregando sempre um saco de laranjas, e que faz Jan Olav apaixonar-se imediatamente por ela e faz suscitar uma série de perguntas sem respostas na imaginação do jovem Jan. Ao relatar a procura por essa moça -  que a certo ponto passou a parecer sobrenatural - o pai tece com o filho um diálogo que comove o menino e também faz Georg questionar-se sobre coisas que o ajudarão a ingressar na vida adulta.

Comentário particular da escritora de férias que está com frio em pleno verão: o livro é lindo. Achei na casa de uns primos - que deixaram eu pegar emprestado, mas acabei por pegar para sempre heh - e comecei a ler num dia e já terminei no outro. A história envolve MESMO! A gente se sente como o  Georg e fica tentando descobrir quem é a Garota das Laranjas e, quando descobre... Solta uma onomatopeia mais ou menos como um "ARAAAAAAAAIOOOOOO!!". Carimbo com uma estrelinha - que nem a professora fazia na segunda série. <3

Ps: eu leria até a lista de compras do Jostein Gaarder.