terça-feira, 12 de março de 2013

Voltaire!

Alô, alô! Avisa que eu voltei!


Bom, gente, passei um bom tempo sem vir aqui publicar alguma coisa. Suplico perdão :-( Deixei de ser gente pra ser pré-vestibulanda e tenho ficado com bem (notem que eu coloquei o "bem" em negrito, porque é bem >mesmo<) menos tempo pra ler MAS eu li um livro ma-ra-vi-lho-so chamado O Mundo de Sofia.
 Sim, é do mesmo autor de A Garota das Laranjas (dê uma clicadinha aqui para saber mais sobre!).

Assim, alguém pode estar se perguntando "Voltaire? Por que Voltaire? WTF?". Calma, meu povo! Eu explico!
"Voltaire", além de "voltei" nazinternet é referência a um filósofo francês que é citado no Sophie's World (uma tradução bem genérica mesmo, heh). O Mundo de Sofia, como já diz na capa, é um romance da história da filosofia.
 Um dia, ao voltar da escola, Sofia abre a caixa de correios da casa e vê que há um bilhete para ela. Os bilhetes, que são anônimos, perguntam coisas do tipo "de onde veio o mundo?", "quem é você?". Isso faz com que a curiosidade de Sofia em relação à origem da vida aumente e seu interesse por filosofia, também.
 Em suma, os acontecimentos do livro giram em torno de discussões filosóficas propostas por... Ok, sem spoiler!
 O Mundo de Sofia já foi vendido em mais de trinta e sete países (!!!!!!!!!!!!!) e muitos filósofos e interessados pelo assunto recomendam essa obra de arte do meu amor, o Jostein Gaarder <3

Comentário particular da blogueira que está escrevendo isto tudo no aniversário da vovó (parabéns pelos 89 anos, vó!) enquanto todo mundo come empada e coxinha como um bom aniversário da classe média: é um livro muito intrigante. Sério. Passei 12 dias lendo O Mundo de Sofia e nunca me questionei tanto sobre os valores morais, a ética e o porquê de estarmos aqui. Mas, principalmente, eu passei a questionar mais os conceitos atuais de justiça, igualdade e fé. Na verdade, eu aprendi mais lendo esse livro do que em 11 anos de escola (risos). Enfim, espero que a minha pequena resenha faça alguém ter vontade de aprender mais sobre filosofia (e também um pouco de sociologia que esse livro ensina!).

PS: se o ano já for 2040 e algum filho meu estiver lendo isso... Filhão, quero muito que você pegue O Mundo de Sofia na biblioteca daqui de casa pra ler! Um abraço da mamãe que quer ver a continuação da espécie com mais senso crítico <3

PPS: eu sei que tem o filme mas pelamordideus leia o livro antes. Grata!

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

"Ao escrever este livro posso finalmente dizer: Sou livre."

E aí, galinhas pintadinhas! (?)

Bom, acabei de ler uma obra-de-arte-enviada-pelos-anjos-com-mãos-de-ouro-e-unhas-de-diamante que me fez parar de reclamar de algumas coisas. Algumas. Só algumas mesmo.
Dia 2 de março de 1998, indo à escola, a austríaca Natascha Kampusch, com 10 anos de idade, é vítima de um sequestro. Wolfang Priklopil avista a menina e, num piscar de olhos, a coloca em sua caminhonete. Natascha relata os 8 anos que passou em cativeiro, onde foi submetida a diversas agressões - tanto física quanto psicológica - e teve de buscar forças para não se deixar ser submissa à escravidão que Wolfgang impunha a ela.

Comentário particular da blogueira que deixou de comer um x-bacon pra escrever isto aqui primeiro: o livro inteiro é triste, mas o final é feliz - não, não é spoiler, já que se trata de uma história real que apareceu por muito tempo na mídia, ok - e me fez pensar em quantas "Nataschas" há no mundo. Mulheres que foram sequestradas ainda crianças e que a família não tem nenhuma notícia, mas que podem estar vivas e passando pelo mesmo que a personagem de 3096 dias passou. Me faz pensar também em quantos "Wolfgangs" existem e no descaso das autoridades em relação a eles. Enfim, é uma leitura que eu recomendo a todos que querem se emocionar e cultivar esperanças de que há, sim, gente forte no mundo.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Ei! Tem alguém aí?

Haha, olá! Inicialmente, o nome do meu blog se dá pela minha mania: jogar as palavras. Sou uma grande fã das palavras e do poder que podemos dar a elas, principalmente ao publicar um livro - que pode ser O livro ou pode ser um lixo.

O título desta postagem é "Ei! Tem alguém aí?", que faz referência à obra de mesmo nome do autor Jostein Gaarder, aquele norueguês que toda mãe pediu pra ser sogra <3 Jostein (Jojo, para os íntimos, tsc) é autor do famoso O Mundo de Sofia (mais corações pfvr) e de uma obra que, particularmente, é uma das minhas preferidas: A Garota das Laranjas.

Tendo o título original Appelsinpiken (appeliozmaolaeaoasjiohepilepsianoteclado), A Garota das Laranjas ~the girl of the oranges~ fala de Georg, 15 anos, que mal pôde conhecer o pai, pois o mesmo morreu quando Georg só tinha 4 anos. BUT uma longa carta de despedida, escrita pelo pai poucos dias antes de sua morte, faz o adolescente criar uma comunicação entre o presente e o passado. Na carta, que passou 11 anos escondida no forro do velho carrinho de bebê que pertencera ao rapaz, o pai se dirige a um Georg adolescente, imaginando que agora o menino possa entender a história que o pai tanto gostaria de contar ao filho. O garoto, ao ler as palavras do pai, descobre afinidades secretas que tinha com ele: uma certa curiosidade filosófica, o interesse pelas fotos tiradas pelo telescópio Hubble e o olhar atento para o Universo. Em meio a relatos e perguntas, Jan Olav - o pai - relata a história real de uma misteriosa garota que surge pelas ruas de Oslo carregando sempre um saco de laranjas, e que faz Jan Olav apaixonar-se imediatamente por ela e faz suscitar uma série de perguntas sem respostas na imaginação do jovem Jan. Ao relatar a procura por essa moça -  que a certo ponto passou a parecer sobrenatural - o pai tece com o filho um diálogo que comove o menino e também faz Georg questionar-se sobre coisas que o ajudarão a ingressar na vida adulta.

Comentário particular da escritora de férias que está com frio em pleno verão: o livro é lindo. Achei na casa de uns primos - que deixaram eu pegar emprestado, mas acabei por pegar para sempre heh - e comecei a ler num dia e já terminei no outro. A história envolve MESMO! A gente se sente como o  Georg e fica tentando descobrir quem é a Garota das Laranjas e, quando descobre... Solta uma onomatopeia mais ou menos como um "ARAAAAAAAAIOOOOOO!!". Carimbo com uma estrelinha - que nem a professora fazia na segunda série. <3

Ps: eu leria até a lista de compras do Jostein Gaarder.